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terça-feira, 31 de julho de 2012

PROGRAMA DE OBSERVADORES:


 Gerente acompanha o desafio 

de credenciar 300 mil pessoas

Sistema utilizado em Londres 2012 será o mesmo para a próxima edição dos Jogos, com algumas adaptações

Centro de credenciamento em Londres (Foto: Rio 2016™)
O cordão vermelho e lilás no pescoço, que suporta um cartão com foto, inscrições, siglas e símbolos, é um dos poucos adereços em comum na diversidade de culturas e cores espalhadas pelas ruas da Londres olímpica. Para receber o planeta em visita à capital britânica com segurança e ordem, a organização dos Jogos conta com um aparato de tamanho e complexidade condizentes com o maior evento esportivo do mundo. Entre atletas, mídia, autoridades do Movimento Olímpico e força de trabalho, são cerca de 300 mil credenciais distribuídas antes e durante o período dos Jogos.
Para ser autorizada, cada uma delas passa por um Background Check, ou uma checagem de antecedentes do indivíduo, por parte da organização e da polícia britânica, com interface com a Interpol. Uma vez aprovadas, as credenciais são entregues, em boa parte, no país de origem do pedido. Valerão como visto de permanência e trabalho no Reino Unido. Serão validadas no aeroporto de Londres, assim que seu dono desembarca, ou em um dos outros três grandes centros de credenciamento: no Parque Olímpico, no hotel da Família Olímpica (autoridades) ou no Centro de Mídia.
Para ter um panorama deste processo desde os momentos iniciais, a gerente de credenciamento do Comitê Organizador Rio 2016™, Mônica Urban, esteve em Londres dois meses antes dos Jogos. Participou de reuniões como observadora, conheceu os seus contrapartes londrinos e preparou uma agenda intensa para a volta no período de maior atividade da área, a partir da segunda semana de julho – ainda que a Cerimônia de Abertura tenha sido apenas no dia 27.
“Além dos três centros de credenciamento, todas as instalações esportivas possuem locais de credenciamento, que tratam do acesso naquele local. É um trabalho complexo, porque cada ‘cliente’ tem suas necessidades. Por outro lado, já há um conhecimento gerado pelas edições anteriores dos Jogos. O sistema utilizado é basicamente o mesmo, fazendo alguns ajustes para as particularidades de cada país-anfitrião”, analisa Mônica, que trabalhou nos Jogos Olímpicos de verão de Atenas 2004 e Pequim 2008, e nos Jogos Olímpicos de inverno de Turim 2006 e Vancouver 2010, nas áreas de Relações Internacionais e Protocolo.

Níveis de privilégios
Logo depois dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, reuniões de avaliação do sistema são iniciadas pela Atos, patrocinadora mundial dos Jogos Olímpicos, em conjunto com a organização da próxima cidade-sede e o governo de seu país. Questões como política de imigração, visto de trabalho e outras exigências específicas da legislação brasileira serão levadas em conta para possíveis modificações.
Decisões sobre o nível de acesso e os “privilégios” de cada credenciado também são desafios para a equipe da área funcional de credenciamento. São oito categorias de “clientes”: Comitê Olímpico Internacional (COI); Federações Internacionais; Comitês Olímpicos Nacionais; Comitê Organizador Local; Parceiros Olímpicos (patrocinadores); Equipes técnicas de Transmissão; Imprensa e Fotógrafos; e Comitês Organizadores futuros, que participam como observadores, o caso de Mônica.
Eles podem estar credenciados para as áreas de imprensa e transmissão, para as áreas operacionais do Comitê Organizador local e para as áreas de circulação geral nas instalações esportivas. Alguns poucos felizardos estão aptos a acessar a zona residencial da Vila Olímpica, as áreas da Família Olímpica e as áreas de preparação dos atletas nas instalações esportivas. Ter um acesso azul significa poder entrar no Field of Play, ou campo de jogo. É o nível mais alto e mais reservado. Privilégios adicionais, como acessos aos diferentes sistemas de transportes e ao restaurante da Vila Olímpica, por exemplo, estão também sinalizados nas credenciais.
“Cada credenciado tem níveis de acessos e privilégios definidos previamente pelo Comitê Organizador local em conjunto com sua instituição responsável. Todas as 300 mil pessoas pertencem a alguma organização. Durante os Jogos, elas podem receber passes e direitos por um dia ou tê-los aumentados em definitivo. De qualquer forma, a decisão passa pelo Comitê Organizador, que tem o controle do processo do início ao fim”, afirma a gerente de credenciamento Rio 2016™.
Casos de pessoas que têm suas credenciais canceladas durante os Jogos, usualmente por decisão da sua própria organização, já foram registrados, mas são fatos isolados. Em busca da ordem e da segurança, o credenciamento conta com uma equipe disposta a colaborar com a experiência olímpica única de 300 mil amantes do esporte. Rio 2016™ leva mais essa vivência de Londres 2012 na bagagem.

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