PROGRAMA DE OBSERVADORES:
Gerente acompanha o desafio
de credenciar 300 mil pessoas
Sistema utilizado em Londres 2012 será o mesmo para a próxima edição dos Jogos, com algumas adaptações
Centro de credenciamento em Londres (Foto: Rio 2016™)
O cordão vermelho e lilás no pescoço, que suporta um cartão com foto, inscrições, siglas e símbolos, é um dos poucos adereços em comum na diversidade de culturas e cores espalhadas pelas ruas da Londres olímpica. Para receber o planeta em visita à capital britânica com segurança e ordem, a organização dos Jogos conta com um aparato de tamanho e complexidade condizentes com o maior evento esportivo do mundo. Entre atletas, mídia, autoridades do Movimento Olímpico e força de trabalho, são cerca de 300 mil credenciais distribuídas antes e durante o período dos Jogos.
Para ser autorizada, cada uma delas passa por um Background Check, ou uma checagem de antecedentes do indivíduo, por parte da organização e da polícia britânica, com interface com a Interpol. Uma vez aprovadas, as credenciais são entregues, em boa parte, no país de origem do pedido. Valerão como visto de permanência e trabalho no Reino Unido. Serão validadas no aeroporto de Londres, assim que seu dono desembarca, ou em um dos outros três grandes centros de credenciamento: no Parque Olímpico, no hotel da Família Olímpica (autoridades) ou no Centro de Mídia.
Para ter um panorama deste processo desde os momentos iniciais, a gerente de credenciamento do Comitê Organizador Rio 2016™, Mônica Urban, esteve em Londres dois meses antes dos Jogos. Participou de reuniões como observadora, conheceu os seus contrapartes londrinos e preparou uma agenda intensa para a volta no período de maior atividade da área, a partir da segunda semana de julho – ainda que a Cerimônia de Abertura tenha sido apenas no dia 27.
“Além dos três centros de credenciamento, todas as instalações esportivas possuem locais de credenciamento, que tratam do acesso naquele local. É um trabalho complexo, porque cada ‘cliente’ tem suas necessidades. Por outro lado, já há um conhecimento gerado pelas edições anteriores dos Jogos. O sistema utilizado é basicamente o mesmo, fazendo alguns ajustes para as particularidades de cada país-anfitrião”, analisa Mônica, que trabalhou nos Jogos Olímpicos de verão de Atenas 2004 e Pequim 2008, e nos Jogos Olímpicos de inverno de Turim 2006 e Vancouver 2010, nas áreas de Relações Internacionais e Protocolo.
Níveis de privilégios
Logo depois dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, reuniões de avaliação do sistema são iniciadas pela Atos, patrocinadora mundial dos Jogos Olímpicos, em conjunto com a organização da próxima cidade-sede e o governo de seu país. Questões como política de imigração, visto de trabalho e outras exigências específicas da legislação brasileira serão levadas em conta para possíveis modificações.
Decisões sobre o nível de acesso e os “privilégios” de cada credenciado também são desafios para a equipe da área funcional de credenciamento. São oito categorias de “clientes”: Comitê Olímpico Internacional (COI); Federações Internacionais; Comitês Olímpicos Nacionais; Comitê Organizador Local; Parceiros Olímpicos (patrocinadores); Equipes técnicas de Transmissão; Imprensa e Fotógrafos; e Comitês Organizadores futuros, que participam como observadores, o caso de Mônica.
Eles podem estar credenciados para as áreas de imprensa e transmissão, para as áreas operacionais do Comitê Organizador local e para as áreas de circulação geral nas instalações esportivas. Alguns poucos felizardos estão aptos a acessar a zona residencial da Vila Olímpica, as áreas da Família Olímpica e as áreas de preparação dos atletas nas instalações esportivas. Ter um acesso azul significa poder entrar no Field of Play, ou campo de jogo. É o nível mais alto e mais reservado. Privilégios adicionais, como acessos aos diferentes sistemas de transportes e ao restaurante da Vila Olímpica, por exemplo, estão também sinalizados nas credenciais.
“Cada credenciado tem níveis de acessos e privilégios definidos previamente pelo Comitê Organizador local em conjunto com sua instituição responsável. Todas as 300 mil pessoas pertencem a alguma organização. Durante os Jogos, elas podem receber passes e direitos por um dia ou tê-los aumentados em definitivo. De qualquer forma, a decisão passa pelo Comitê Organizador, que tem o controle do processo do início ao fim”, afirma a gerente de credenciamento Rio 2016™.
Casos de pessoas que têm suas credenciais canceladas durante os Jogos, usualmente por decisão da sua própria organização, já foram registrados, mas são fatos isolados. Em busca da ordem e da segurança, o credenciamento conta com uma equipe disposta a colaborar com a experiência olímpica única de 300 mil amantes do esporte. Rio 2016™ leva mais essa vivência de Londres 2012 na bagagem.
Para ser autorizada, cada uma delas passa por um Background Check, ou uma checagem de antecedentes do indivíduo, por parte da organização e da polícia britânica, com interface com a Interpol. Uma vez aprovadas, as credenciais são entregues, em boa parte, no país de origem do pedido. Valerão como visto de permanência e trabalho no Reino Unido. Serão validadas no aeroporto de Londres, assim que seu dono desembarca, ou em um dos outros três grandes centros de credenciamento: no Parque Olímpico, no hotel da Família Olímpica (autoridades) ou no Centro de Mídia.
Para ter um panorama deste processo desde os momentos iniciais, a gerente de credenciamento do Comitê Organizador Rio 2016™, Mônica Urban, esteve em Londres dois meses antes dos Jogos. Participou de reuniões como observadora, conheceu os seus contrapartes londrinos e preparou uma agenda intensa para a volta no período de maior atividade da área, a partir da segunda semana de julho – ainda que a Cerimônia de Abertura tenha sido apenas no dia 27.
“Além dos três centros de credenciamento, todas as instalações esportivas possuem locais de credenciamento, que tratam do acesso naquele local. É um trabalho complexo, porque cada ‘cliente’ tem suas necessidades. Por outro lado, já há um conhecimento gerado pelas edições anteriores dos Jogos. O sistema utilizado é basicamente o mesmo, fazendo alguns ajustes para as particularidades de cada país-anfitrião”, analisa Mônica, que trabalhou nos Jogos Olímpicos de verão de Atenas 2004 e Pequim 2008, e nos Jogos Olímpicos de inverno de Turim 2006 e Vancouver 2010, nas áreas de Relações Internacionais e Protocolo.
Níveis de privilégios
Logo depois dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, reuniões de avaliação do sistema são iniciadas pela Atos, patrocinadora mundial dos Jogos Olímpicos, em conjunto com a organização da próxima cidade-sede e o governo de seu país. Questões como política de imigração, visto de trabalho e outras exigências específicas da legislação brasileira serão levadas em conta para possíveis modificações.
Decisões sobre o nível de acesso e os “privilégios” de cada credenciado também são desafios para a equipe da área funcional de credenciamento. São oito categorias de “clientes”: Comitê Olímpico Internacional (COI); Federações Internacionais; Comitês Olímpicos Nacionais; Comitê Organizador Local; Parceiros Olímpicos (patrocinadores); Equipes técnicas de Transmissão; Imprensa e Fotógrafos; e Comitês Organizadores futuros, que participam como observadores, o caso de Mônica.
Eles podem estar credenciados para as áreas de imprensa e transmissão, para as áreas operacionais do Comitê Organizador local e para as áreas de circulação geral nas instalações esportivas. Alguns poucos felizardos estão aptos a acessar a zona residencial da Vila Olímpica, as áreas da Família Olímpica e as áreas de preparação dos atletas nas instalações esportivas. Ter um acesso azul significa poder entrar no Field of Play, ou campo de jogo. É o nível mais alto e mais reservado. Privilégios adicionais, como acessos aos diferentes sistemas de transportes e ao restaurante da Vila Olímpica, por exemplo, estão também sinalizados nas credenciais.
“Cada credenciado tem níveis de acessos e privilégios definidos previamente pelo Comitê Organizador local em conjunto com sua instituição responsável. Todas as 300 mil pessoas pertencem a alguma organização. Durante os Jogos, elas podem receber passes e direitos por um dia ou tê-los aumentados em definitivo. De qualquer forma, a decisão passa pelo Comitê Organizador, que tem o controle do processo do início ao fim”, afirma a gerente de credenciamento Rio 2016™.
Casos de pessoas que têm suas credenciais canceladas durante os Jogos, usualmente por decisão da sua própria organização, já foram registrados, mas são fatos isolados. Em busca da ordem e da segurança, o credenciamento conta com uma equipe disposta a colaborar com a experiência olímpica única de 300 mil amantes do esporte. Rio 2016™ leva mais essa vivência de Londres 2012 na bagagem.
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