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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ESPAÇO OLÍMPICO:
 Nosso Blog usa a matéria feita pelo TERRA
 com o diretor geral do 
COMITÊ ORGANIZADOR DA RIO 2016, Leonardo Gryner. Ele fala do problema acomodações.

Desafio será número de acomodações, admite diretor do Rio 2016

Leonardo Gryner afirma que a preparação dos Jogos está cumprindo o cronograma. Foto: Terra Leonardo Gryner afirma que a preparação dos Jogos está cumprindo o cronograma
Foto: Terra

Marcelo do Ó
Direto de Londres
Faltando dois dias para o final dos Jogos Olímpicos de Londres, as atenções se voltam para o Rio de Janeiro. O mundo do esporte olha para a próxima sede preocupada com o andamento das obras e estrutura para receber turistas do mundo todo. E o desafio está justamente na acomodação desses torcedores. O diretor geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Leonardo Gryner, reconhece esse gargalo em entrevista exclusiva ao Terra. "Esse número (de quartos) será essencial para determinar qual número de vilas a gente terá que construir ou quantos navios precisaremos trazer". Confira a íntegra da entrevista.

Terra: Olhando o nível em que Londres estava quando Pequim terminou, como está o nível de preparação do Rio de Janeiro?
Leonardo Gryler:
Mais ou menos a mesma coisa. Na verdade existe um modelo de implementação de planejamento dos jogos que o Comitê Olímpico Internacional aporta para todas as cidades. Então você tem determinadas metas que tem que cumprir a quatro anos dos Jogos. Londres estava onde tinha que estar e nós estamos aqui onde tínhamos que realmente estar. Uma ou outra coisa pode estar mais adiantada ou mais atrasada, mas basicamente a gente está on time no nosso cronograma.
Terra: E qual é a fase está o projeto do Rio de Janeiro?
Leonardo Gryler:
A gente está encerrando agora a fase function area operation plans (planejamento das áreas operacionais). A gente começa a descrever os serviços de cada área (alimentação, transporte, credenciamento etc) e adota uma série de premissas neste planejamento. Então vamos aos Jogos e testamos se essas premissas são válidas quando se olha a realidade. Aí voltamos e reajustamos nosso projeto. Nos próximos seis meses a gente estará concluindo a revisão final e entramos na segunda fase do planejamento.
Terra: Quando vocês olham o planejamento, qual é o ponto que merece mais atenção de vocês? Muito se fala sobre transporte...
Leonardo Gryler:
Onde o Rio tem que dar uma atenção especial - e a gente tem falado sobre isso várias vezes - é na questão de acomodações. Temos o desafio a enfrentar em relação ao número de hotéis. Estamos contando com o apoio imenso da cidade que passou novas leis incentivando a construção de novos hotéis na cidade. Agora estamos monitorando o que está acontecendo nesta área, quantos hotéis novos serão construídos, porque esse número será essencial para determinar qual número de vilas a gente terá que construir ou quantos navios vamos precisar trazer. Enquanto a gente não souber exatamente qual número de quartos novos que a gente vai ter na cidade, não se consegue fechar o projeto.
Terra: E como o comitê está cuidando da preparação dos voluntários para 2016?
Leonardo Gryler:
Quando você olha para qualquer área dos Jogos, tudo é muito complexo. Seja voluntários, alimentação ou credenciamento, tudo é muito complicado. A gente acabou de colocar no time o nosso responsável por isso, que vai começar agora o planejamento. Você vê, quatro anos antes, já estamos pensando nisso. Como a gente vai recrutar esses voluntários, como vamos treiná-los. É um desafio enorme porque se costuma juntar o número total, mas na verdade são um conjunto grande de grupos específicos. Você tem "x" mil motoristas de automóveis, tantos motoristas de ônibus, veterinários, médicos, enfermeiros... Na verdade isso é constituído de grupos pequenos que requerem treinamentos específicos. Essa é a complexidade do projeto. Já temos um responsável por isso e já estamos planejando.
Terra: Serão dados cursos de inglês para os voluntários?
Leonardo Gryler:
A gente sempre pede que as pessoas já venham com nível básico de inglês. Dependendo da função que você vai exercer, é preciso de um nível melhor ou não. Mas uma coisa que vamos precisar nos voluntários - aí a dica para as pessoas que quiserem se candidatar - é saber outras línguas também. Porque a gente vai ter muitos turistas de outras partes do mundo que nem sempre vão ter facilidade de falar em inglês e que, portanto, vão usar o espanhol, francês etc., e o nosso time tem que ter habilidade para isso.
Terra: Londres recebeu muitas críticas pela questão do mercado negro. Vocês já têm um plano para controlar isso no Rio?
Leonardo Gryler:
A gente está construindo nosso projeto baseado na experiência dos Jogos Pan-Americanos. A gente conseguiu rodar o Pan com praticamente zero de casos de cambistas ou mesmo de pirataria no ingresso, falsificação. Baseados naquela experiência, estamos montando o novo projeto. Claro que estamos seguindo o exemplo de Londres. Estamos conversando muito com eles. Devemos levar gente daqui para trabalhar conosco com experiência internacional deste e de outros jogos também.
Terra: E em relação às outras cidades que receberão os torneios de futebol (Salvador, Brasília, São Paulo etc). Elas terão atenção especial? As sedes da Copa do Mundo atendem às exigências para a Olimpíada?
Leonardo Gryler:
Em termos de competição, sim. Perfeitamente. Todos os estádios que estiverem aptos para ser sede da Copa estarão também para ser nos Jogos. O diferente é o entorno e outros serviços. Por exemplo, temos que prover acomodação para as equipes. No Mundial de Futebol, normalmente cada time busca sua própria hospedagem. Então é um pouco diferente no entorno na competição. Mas, como local, se atende à Fifa, atende ao COI. 

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