Free Web Clocks by web-candy

sábado, 11 de agosto de 2012

Ouro e pratas

Vôlei feminino conquista o bicampeonato; futebol e boxe terminam em segundo lugar

WA_12601
Crédito: Washington Alves/AGIF/COB

O penúltimo dia de disputas dos Jogos Olímpicos Londres 2012 foi de festa para o Time Brasil. A seleção feminina de vôlei conquistou sua segunda medalha de ouro consecutiva ao derrotar os Estados Unidos por 3 a 1, numa virada espetacular, após derrota no primeiro set. Com o resultado, Jaque, Sheilla, Fabi, Thaísa, Fabiana e Paula Pequeno entram para o seleto grupo dos brasileiros bicampeões olímpicos, que já contava com Adhemar Ferreira da Silva, do salto triplo; Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt, da vela; e Maurício e Giovane, do vôlei.

A arrancada da seleção feminina de vôlei rumo ao lugar mais alto do pódio foi digna de campeãs. Depois de uma primeira fase em que não conseguiu encontrar seu melhor padrão de jogo – perderam para as próprias americanas e para a Coreia do Sul -, a seleção brasileira arrancou para o título com uma vitória de virada sobre a Rússia pelas quartas de final, em que precisou salvar seis match points. Já nas semifinais, impôs vitória incontestável sobre o Japão por 3 a 0. Na final deste sábado, encontrou dificuldades contra os Estados Unidos apenas no primeiro set (perdeu por 25/11). Daí em diante, passou a dominar a partida para fechar de forma categórica, com parciais de 25/17, 25/20 e 25/17.
Para a experiente Paula Pequeno, uma das seis remanescentes da campanha dourada de Pequim, outro ponto fundamental foi a capacidade do grupo de dialogar. “A gente estava errando muita coisa justamente porque queria muito acertar, e era necessário que acalmássemos e parássemos de ficar tão afobadas. Um exemplo foi o primeiro set da final, quando a gente tentou acompanhar a correria das americanas e foi mal. Tivemos fé para visualizar, no meio de toda a tensão, o momento que estamos vivendo agora”.
Único tricampeão olímpico brasileiro (comandou a seleção masculina em Barcelona 92 e a feminina em Pequim 2008), o treinador José Roberto Guimarães, elogiou a capacidade de recuperação do grupo. “Precisávamos resgatar o brio, a auto-estima, e isso não se fazia com outra coisa senão conversa. O que fizemos aqui foi uma história linda, de como a vida é bonita mesmo nos momentos mais complicados. Fomos ao fundo do poço e voltamos, mas soubemos reagir. Mesmo hoje, quando as americanas passaram por cima da gente no primeiro set, vi que o grupo apenas precisava respirar e começar a ter paciência para jogar o jogo da gente’’.
No boxe, Esquiva Falcão fez uma luta equilibrada diante do japonês Ryota Murata, mas acabou derrotado por apenas um ponto (14 a 13 ) na final da categoria até 75 kg. O pior é que o brasileiro teve dois pontos descontados porque o árbitro considerou que ele travara muito a luta, forçando o clinch. O resultado do baiano merece ser comemorado, pois foi a primeira vez que um pugilista do país chegou a uma final olímpica.
“Os dois estavam se agarrando no ringue. Tanto eu quanto o Murata estávamos cansados. Não entendi porque ele só tirou ponto de mim. Tinha que ser dos dois ou então não tirar de nenhum atleta”, analisou Esquiva. Apesar da reclamação, o pugilista ressaltou que não irá apelar da decisão dos árbitros do combate. Mais sereno, ele disse que está feliz com a medalha de prata e por ter entrado para a história do boxe brasileiro.
“Não tem essa de apelar. O esporte é assim. Estou de cabeça erguida e feliz por ter sido o primeiro brasileiro a conquistar a medalha de prata. A família Falcão representou muito bem o Brasil e todos estão de parabéns”, finalizou Esquiva, referindo-se ao irmão, Yamaguchi Falcão, que conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado. "Com o resultado do boxe aqui em Londres o Brasil terá condições de crescer ainda mais para 2016", comemorou.
Já o futebol masculino conquistou sua quinta medalha olímpica – foi prata também em Los Angeles 1984 e Seul 1988 e bronze em Atlanta 1996 e Pequim 2008 -, com a derrota de 2 a 1 para o México, no lendário Estádio de Wembley. Neymar entende que a medalha deve ser valorizada. “É chato perder a final, mas é sempre bom ajudar o nosso país na classificação dos Jogos”.  O capitão Thiago Silva lamentou a falta de sorte. “Contra a Coreia, ela nos sorriu. Hoje, não apareceu”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário